As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são recursos terapêuticos que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. São práticas de cuidados complementares a medicina tradicional, de consultas e tratamentos medicamentosos
As PICS foram institucionalizadas por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC). No município de Sinimbu, através da Lei Nº. 1.956, de 22 de junho de 2022, criou-se o Programa Municipal de Práticas Integrativas e Complementares e de Educação Popular em Saúde (PMPICEPS) no âmbito municipal, para efetivar essas práticas nos serviços de saúde.
Conforme a Secretaria de Saúde e Bem Estar Social, estas importantes práticas são transversais em suas ações no SUS e podem estar presentes em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde, prioritariamente na Atenção Primária com grande potencial de atuação. Uma das abordagens desse campo são a visão ampliada do processo saúde/doença e da promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. As indicações são embasados no indivíduo como um todo, considerando-o em seus vários aspectos: físico, psíquico, emocional e social.
Entre as principais diretrizes da PNPIC está o aumento da resolutividade dos serviços de saúde, que ocorre a partir da integração – ao modelo convencional de cuidado – de racionalidades com olhar e atuação mais ampliados, agindo de forma integrada e/ou complementar no diagnóstico, na avaliação e no cuidado. Sendo assim os profissionais de saúde da Rede SUS começaram a se capacitar para oferecer a população essas práticas de saúde.
Em Sinimbu, está sendo ofertada a prática da auriculoterapia aos usuários do SUS. As sessões podem ser agendadas pelo telefone 3708 1232, sendo oferecidas nas segundas e quintas-feiras no Posto de saúde Central. Além disso, o município já oferta a prática da Ioga todas as segundas e sextas-feiras, às 17h30, no ginásio da Escola Nossa Senhora da Glória. Os profissionais de saúde estão se capacitando também para ofertar em breve outras terapias como os de Florais, Terapia com Ventosas, Acupuntura e Reiki
CONHEÇA A AURICULOTERAPIA
O que é e como funciona a auriculoterapia?
Trata-se de uma técnica que consiste na estimulação mecânica de pontos específicos do pavilhão auricular. Para que isso ocorra, são utilizados materiais esféricos e de superfície lisa, como sementes e cristais. Eles são presos à pele para que fiquem pressionando esses pontos.
Todas as regiões e órgãos do corpo humano estão representados na orelha, como se ela fosse um feto disposto de cabeça para baixo. Logo, ela reflete todas as mudanças fisiopatológicas que possam acometer: Órgãos; Membros; Tronco; Tecidos; Vísceras.
Quando ocorre qualquer patologia, ela reflete na orelha e em locais diferentes, chamados pontos auriculares. Estima-se que existam cerca de 200 pontos em ambas as faces da orelha.
Para que a auriculoterapia seja eficiente, o paciente deve estimular as esferas várias vezes ao dia, evitando deslocá-las. Elas devem permanecer na orelha em, no máximo, 7 dias, sendo indicado ter 24 horas de descanso para refazer o tratamento. E repetir as sessões pelo menos de 6 a 10 sessões.
Para que serve a auriculoterapia?
Ela possui diversas funcionalidades, sendo mais procurada para aliviar dores e tratar problemas físicos e emocionais. As principais indicações da auriculoterapia, segundo a Agência Nacional de Acreditação e Avaliação em Saúde, órgão francês que equivale ao Ministério da Saúde brasileiro, são: Dores agudas e crônicas; Enxaqueca; Insônia; Transtornos emocionais, como ansiedade e depressão; Vícios, incluindo tabagismo; Distúrbios funcionais digestivos; Compulsão alimentar; Retenção de líquido; Patologias funcionais urogenitais; Alergias, especialmente as respiratórias; e Problemas motores.
A auriculoterapia também é indicada para quem é obeso e/ou deseja perder peso, devido a sua capacidade de estimular o funcionamento intestinal e reduzir a vontade de comer. A técnica não conta com nenhuma contraindicação e costuma ser utilizada como complemento ao tratamento tradicional, especialmente nos casos em que o paciente é acometido por problemas mais graves.